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Estamos em fase de expectativa no Brasil – no mundo, na verdade – à espera da vacina contra o novo coronavírus. Mas estamos longe de poder relaxar nas medidas de distanciamento social e uso de máscara. Essa é a visão do médico Drauzio Varella: em sua opinião, “a vacina não vai resolver o problema atual”.
É fato que pelo menos quatro vacinas estão em fase de testes, ou no começo, no Brasil.
Porém, Drauzio alerta que isso não pode passar a falsa sensação de segurança de que a pandemia está chegando ao fim no país.
O médico chamou a atenção para o perigo do relaxamento com as medidas de proteção em entrevista à GoboNews nesta quinta, 6.
“Agora é a hora de evitar a aglomeração, de usar máscara”, sentenciou. “Não usar máscara agora é um absurdo tão grande. O que leva um cidadão a não usá-la? É uma estupidez. Por que no auge de uma epidemia a pessoa não usa máscara?”
Sobre os testes, Drauzio ponderou: “Se você pegar a história das vacinas, não tem nenhuma produzida em meses”.
“Elas levaram anos para serem feitas”, afirmou. “Precisa mostrar que a vacina tem capacidade de imunizar contra a doença, e isso leva tempo. Nessa daqui a pressão é tão grande, que vamos ter estudos mais ou menos completos. Serão estudos inicias ainda”.
Além disso, o especialista destacou outro aspecto importante: o de como viabilizar a efetiva aplicação das doses em um prazo tão curto.
“Vamos dizer que tudo corra bem com essas 2 vacinas testadas no Brasil”, refletiu.
“Vamos ter a fase de fabricação, e quem tem que ser vacinado no Brasil? São 210 milhões de pessoas. Não temos experiência anterior com uma vacina que precisasse para tanta gente. Como vão ser preparadas as vacinas? Como vão ser as instalações? Teremos frascos para embalar todas elas?”
Quando se tornar efetiva uma distribuição mais abrangente, pode ser até que a covid-19 já seja uma doença menos devastadora, argumentou ainda o médico.
‘Vacina não vai resolver’: reabertura de bares no momento errado
“Pode ser que, quando chegue, essa vacina não seja mais tão necessária assim. Até o meio do ano que vem, [a doença] pode ter virado uma gripe, uma pneumonia mais arrefecida”, afirmou.
Dessa maneira, pela lógica de que a vacina não vai resolver o problema atual da pandemia, Drauzio concluiu que medidas como a reabertura de bares e restaurantes, que, em São Paulo, já poderão voltar a atender até 22h a partir de sexta, dia 7, são temerárias.
“Se você for analisar do ponto de vista cientifico, não vai encontrar um epidemiologista que vai dizer que está na hora de abrir, tendo 1.000 mortes por dia”, cravou.
“Nas grandes cidades brasileiras, está morrendo um monte de gente ainda. A questão do isolamento é que ele precisa ser feito de cara e não pode ser muito prolongado. E a gente nunca teve isso por aqui.”
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