Vida nas redes sociais é combustível para a baixa autoestima - Ecoo

Vida nas redes sociais é combustível para a baixa autoestima

A vida perfeita estampada nas redes sociais parece refletir uma realidade feita para poucos. Corpos esculpidos, com barrigas tanquinho e em biquínis minúsculos, desfilam sorridentes em praias paradisíacas, e terminam o dia em festas badaladas cheias de drinks coloridos. Enquanto isso, do outro lado do celular, está alguém de pijama e havaianas, com o cabelo desarrumado e sem dinheiro para sair. A verdade é que a vida não é perfeita como àquela mostrada no Instagram.

Redes sociais e meios digitais de comunicação impactaram profundamente nos valores da nossa sociedade, tornando aparências mais importantes do que essências, ou parecer ser melhor do que ser. Essa mudança de valores, ainda que em constante transformação, pode se transformar em gatilho de sofrimento para muita gente.

Comparar-se constantemente a outras pessoas, corpos e estilos de vida, especialmente tomando como referência postagens em redes sociais, carrega consigo grandes perigos. Ao assumirmos como parâmetro o mundo da aparência, damos combustível para uma baixa autoestima, fragilizando não apenas nossas relações interpessoais, mas também a relação com o nosso próprio corpo.

Um exemplo simples dessa armadilha está no desejo de reproduzir a vida que a blogueira posta na rede social. Essa reprodução inclui, obviamente, a busca pelo corpo da blogueira, que é considerado por muitos como lindo e maravilhoso, e também pelos itens que ela consome, os restaurantes que ela vai, e os lugares paradisíacos que ela visita. Ao projetar o ideal de felicidade em um corpo e uma vida que não são reais, cria-se a armadilha perfeita para piorarmos nossa relação com o nosso próprio corpo e com a nossa vida – esses sim absolutamente reais e de carne e osso.

Crédito: Wundervisuals/istockDesejo de reproduzir a vida da blogueira é uma armadilha das redes sociais

É importante manter-se sóbrio frente ao bombardeio de fotos com sorrisos perfeitos e corpos magérrimos dançando em festa incríveis; entender que a vida de verdade é cheia de perrengues, aflições e dúvidas, e que isso faz parte do amor e respeito próprios; e, claro, é fundamental saber que o corpo real pode ser – e é – diferente e mais saudável do que os corpos que são postados. Por isso, reflita sobre os perfis que você segue nas redes sociais e o porquê de você segui-los. A vida das aparências não é o caminho para a felicidade da vida real, mas, sim, um dos seus principais obstáculos.



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